O que é sangramento nasal?
Imagine que os vasos sanguíneos são um encanamento. Os sangramentos nasais mais comuns acontecem quando um desses caninhos mais próximos da saída do nariz se rompe.
Normalmente, o sangue iria para fora do nariz, mas se você colocar a cabeça para trás ele vai para o seu estômago! Isso é como se você estivesse bebendo esse sangue! E seu estômago que não é de vampiro, não consegue fazer a digestão direito e você pode ter náusea e enjoo.

Quer saber como consertar esse cano? Então vem com a gente!
Quais são as causas?
Em dias muitos quentes e secos, é comum ter casos de sangramento nasal em crianças. Isso acontece porque devido o calor, os nossos vasos sanguíneos se expandem e por causa do excesso de ressecamento no nariz, os vasos ficam mais sensíveis e o sangramento nasal ocorre com mais facilidade.
Há crianças que possuem vasos naturalmente mais frágeis, e o sangramento acontece até quando o tempo não está seco.
Outra causa é aquela “limpeza no salão”, se você coloca o dedo muito fundo no nariz, sua unha pode te machucar e causar um sangramento nasal.
Também pode acontecer quando entra um objeto estranho, como um brinquedo ou uma moeda que acabam machucando o seu nariz por dentro.
Como prevenir?
Uma dica importante é caprichar na hidratação! Beber água regularmente pode evitar o ressecamento do nariz. Por isso, andem sempre com garrafinha de água e lembrem-se de beber durante as aulas, intervalo e principalmente na educação física.
Existem outras formas de limpar o nariz! Uma delas é usar soro fisiológico e repetir o processo até sentir seu nariz limpinho. Faça o teste! Seu nariz ficará novinho em folha.
O que fazer?
Quando seu nariz começar a sangrar, não se desespere! Sente-se com a coluna reta e incline sua cabeça para frente, para evitar que você engula ou respire o sangue. Use um pedaço de algodão e pressione a narina por fora durante 5 a 10 minutos. Assim o sangue vai coagular e fechar o vasinho rompido.
Você pode colocar uma compressa de água fria na face e chupar gelo ao mesmo tempo, porque esfria o céu da boca, diminui a quantidade de sangue que chega até o nariz e ajuda a controlar o sangramento.
Em caso de corpo estranho no nariz ou se o sangramento não parar depois de 10 minutos pressionando o nariz, fale com um adulto e/ou responsável e procure um médico!
Há também a possibilidade de fazer a lavagem nasal. Para isso, é preciso ter os seguintes materiais:

Preencha a seringa com soro fisiológico e faça um jato suave na horizontal na entrada das narinas. Como saber a intensidade do jato? Para saber se a intensidade do jato está certa, faça um jato na direção da sua mão. Se a água escorrer, você está indo no caminho certo. Se a água espirrar, vai com calma e reduza a velocidade do jato! A imagem a seguir vai ilustrar melhor!

Não faça o jato na diagonal! Pois essa região é muito sensível e isso pode incomodar bastante se for feito da forma incorreta.

Ao fazer esse processo, é comum que saia o soro fisiológico pelo outro buraco do nariz ou pela boca.
Vale lembrar que você pode repetir essa ação quantas vezes for necessária!
Ah! E não se esqueça de descartar a seringa no local certo! Algumas seringas vem com agulhas e ela pode te machucar! Para evitar isso, guarde-as em garrafas pet. Não jogue no lixo comum!

O que não fazer?
Evite limpar o nariz com o dedo e assoá-lo quando estiver sangrando. Seu corpo é muito esperto! Depois de alguns minutos de sangramento, seu sangue se junta para formar um coágulo para parar o sangramento. Se você assoa o nariz, você tira o coágulo que seu corpo criou e o sangramento continua.
Evite ficar no sol por muito tempo, fazer exercícios físico pesados (jogar bola, brincar de queimada, pique-pega) em dias muito quentes e secos ou logo depois que o seu nariz sangrou, evite comer alimentos muito quentes pois isso pode causar o aumento dos vasos e aumentar o risco de sangramento.
Agora, galerinha, ficou mais fácil lidar com o sangramento nasal! Mantenha a calma, siga o passo a passo, beba água e não deixe de brincar!
Texto: Kelly Gramacho
Ilustrações: Kheilla Reis, Kelly Gramacho e Thiago Casimiro
Este texto faz parte do projeto CiênciArte, em que alunos do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF) produzem material de divulgação científica. Para saber mais sobre o projeto, clique aqui
Agradecemos as professoras Leila Kusano e Clarissa Barros do UDF pelas contribuições!