Estamos começando um novo ano e precisamos realmente de “um novo começo”. Nada melhor que começarmos buscando informação. Vimos em 2015 vários problemas graves de saúde em nosso país como a epidemia de dengue em várias regiões, a expansão da febre Chikungunya e, mais recentemente, a febre do Zika virus. O que essas doenças têm em comum? O vetor. Essas doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti.
O Aedes Aegypti é conhecido popularmente como mosquito-da-dengue ou pernilongo-rajado. Ele é um mosquito da família Culicidae, de origem africana, onde se encontra populações selvagens e domésticas. Atualmente esse mosquito está presente em quase todo o mundo, principalmente em regiões tropicais e subtropicas, adaptando-se muito bem às zonas urbanas. O Aedes utiliza de água para o desenvolvimento de sua fase larvária – podendo ser recipientes, tanques, barris até calhas de telhado e axilas de folhas, onde contenha água parada.
Em 1881, o Ae. Aegypti foi reconhecido como transmissor da doença febre amarela. Os primeiros relatos do mosquito como vetor da dengue foram do ano de 1906. A hipótese é que o mosquito foi introduzido na América através de barcos vindos da Europa, nas primeiras expedições para o Novo Continente. No Brasil, os primeiros registros do mosquito datam de 1898. Atualmente está presente em todos os estados e no Distrito Federal e é o único agente transmissor da dengue e da febre amarela no país.
Apenas as fêmeas do Aedes são hematófagas, os machos se alimentam de substâncias vegetais açucaradas. Ao picar uma pessoa infectada, o vírus se fixa nas glândulas salivares do mosquito e se multiplica. A partir deste momento, o mosquito permanece infectado pelo resto da vida, aproximadamente de um mês. Uma única fêmea do mosquito pode picar uma pessoa a cada trinta minutos. O seu vôo dificilmente alcança mais de meio metro do solo, assim os pés, tornozelos e pernas são as regiões mais propensas a picadas.
Os ovos fecundados são depositados pelas fêmeas em água limpa e parada. Estes ovos conseguem resistir a longos períodos de seca e serem transportados a diversos locais, já que tem a capacidade de permanecerem grudados nas bordas dos recipientes. Em pouco tempo há a eclosão dos ovos, e a larva passa pelo estágio de pupa até tornar-se adulta. Essas etapas duram em torno de dez dias e os mosquitos já encontram-se aptos a reproduzirem-se.
Conhecendo melhor o mosquito é possível perceber a dificuldade de controle dos mesmos. Mais recentemente vimos que esse mosquito é mais perigoso do que imaginávamos, pois além de transmitir a dengue e a febre amarela, ele também transmite o vírus da febre chikungunya e o vírus zika, que parece estar relacionado à casos de microcefalia em bebês. Para conseguirmos terminar com o mosquito precisamos trabalhar todos juntos – governo, empresas e sociedade. Como proceder nós já sabemos, agora está na hora de pormos em prática e lutar todos juntos.
Nathalia Brancalleão
Contato: na_brancalleao@hotmail.com
Revisão Bibliográfica
http://g1.globo.com/bemestar/aedes-aegypti/index.html
http://www.dengue.org.br/mosquito_aedes.html
http://combateaedes.saude.gov.br/
Braga, I. A., & Valle, D. (2007). Aedes aegypti: inseticidas, mecanismos de ação e resistência. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 16(4), 179-293.
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